Seguindo a forte tendência de casas inteligentes, a automação
residencial pode ser vista cada vez mais em casas e apartamentos
modernos. Seja através da integração entre áudio e vídeo, medidas de
segurança ou opções que prezam pelo conforto, o fato é que não existe
nada melhor do que transformar sua casa em um verdadeiro lar high-tech,
contando com uma ajudinha da automação para isso.
Mas você sabe se
sua casa comporta esse tipo de modificação e o que seria preciso para
transformar a residência na “casa dos Jetsons”? Pois saiba que não é tão
impossível quanto parece transformá-la na casa do futuro.
O que é e onde pode ser usada?
Se você não faz a mínima ideia
do que estamos falando, vamos explicar. A automação residencial “é a
integração entre diversos equipamentos motorizados e automatizados
conversando entre si”, explica Hideki Hattori, da Nobel Home, empresa especializada no ramo.
Segundo
Hattori, no momento em que você tem uma casa automatizada, com um único
comando é possível apagar todas as luzes de toda a residência, fechar
cortinas, desligar pontos de ar condicionado, gerenciar a parte de
segurança e câmeras. A integração de tudo isso é que chamamos de
automação residencial, não apenas a motorização de algum equipamento
isoladamente.
A instalação de um projeto do gênero depende das condições de fiação
da casa, quando esta já está pronta. No caso de arquiteturas que já
contemplam a automação durante a construção, as possibilidades são
sensivelmente ampliadas, fazendo com que você possa modificar toda a
casa.
Mas isso não quer dizer que você não possa aplicar algumas
das opções oferecidas em uma casa já completa, já que se podem usar
conexões sem fio em algumas áreas. Porém, é muito mais fácil fazer uma
automação residencial geral quando toda a estrutura interna não está
montada, assim não é preciso quebrar paredes ou passar novos fios pela
extensão do apartamento.
Conforto e segurança
Entre os
grandes atrativos da automatização, o grande destaque é o conforto. Com
uma rede completa conectada em sua casa, não é preciso mais se preocupar
em mudar a entrada de vídeo quando for assistir a um DVD ou ficar refém
de cinco controles remotos (um para cada aparelho) na hora de ligar o
home theater da sala.
A automação residencial é capaz de
assegurar, por exemplo, que os filhos estejam em casa no horário ou
estudem quando precisam. Isso porque a integração traz aos pais
autonomia para desligar a televisão ou o computador quando é preciso ler
um livro escolar ou diminuir a música caso ela esteja atrapalhando o
sossego da casa.
Ao colocar sensores na porta, é possível também
conferir horários de saída e chegada dos filhos adolescentes que moram
na residência, sem que os pais precisem sair da cama para descobrir se
eles já chegaram ou não em casa. Basta olhar no visor para descobrir se
eles estão dentro da residência, uma vez que o mostrador muda de cor
caso alguém tenha passado pela porta.
Contemplando ainda travas das portas da casa inteira (até mesmo do
banheiro), integração do computador ao televisor e mesmo irrigação do
jardim, boa parte de uma residência pode ser adaptada aos moradores,
fazendo com que tarefas enfadonhas e simples sejam eliminadas do
cotidiano.
A segurança também faz parte dos objetivos da automação
residencial, já que ela apresenta o que há de melhor na hora de ligar
câmeras de segurança, abrir portões e ativar alarmes contra qualquer um
que queira entrar (e no caso dos adolescentes, sair) da casa.
De
acordo com a necessidade de cada usuário, é possível instalar sensores
em portas e janelas, aumentar ou diminuir as luzes quando se chega ou
sai de casa, visualizar câmeras de segurança remotamente (através do
computador) e muito mais.
Economia no bolso
Outro
integrante importante na hora de automatizar a casa certamente é a
economia. Ao acessar todos os sistemas remotamente, o usuário liga
apenas aquilo que quer e precisa, sem necessariamente usar tudo na
potência máxima. Isso faz com que as luzes de um cômodo da casa, por
exemplo, estejam ligadas apenas quando necessário, e de uma forma
inteligente.
Ao sentar-se para assistir a um filme, basta ativar o comando para
que as luzes se apaguem ou fiquem mais fracas, iluminando locais em que
realmente haja necessidade, sem atrapalhar a visualização da tela
durante a projeção.
Em outra situação, basta a leitura da sua
impressão digital para comandar todo o desligamento da casa durante uma
viagem, assegurando que nada ficará descuidadamente ligado quando sua
família não estiver por lá. Antes de chegar à sua casa, é possível
enviar um comando e retornar a residência ao estado normal, com as luzes
da garagem ligadas e o ar-condicionado já na temperatura ideal.
Novidades e preferências na automação
Por
falar em impressão digital, a grande novidade em termos de automação é a
biometria, que nada mais é do que a possibilidade de controlar qualquer
dispositivo através dos dedos. Cadastrando uma tarefa específica a cada
dedo da mão, você controla desde luzes a sistemas de áudio e vídeo,
passando até mesmo pela fonte de água que decora a sala.
Além da
comodidade, a biometria pode proteger a casa contra a entrada de
estranhos não cadastrados. Caso alguém não autorizado tente entrar com
sua própria impressão, uma mensagem é enviada ao celular, alertando o
morador do perigo.
Segundo Hattori, a automação mais pedida pelos clientes envolve
iluminação, permitindo que as tarefas relacionadas à luz sejam
realizadas de forma mais intuitiva e automática.
Entretanto, a
parte “mágica” da automação, afirma ele, certamente é a integração do
áudio e vídeo. Isso faz com que o usuário possa, por exemplo, conectar o
pendrive no computador da sala e ouvir a música no quarto, por meio de
um clique no controle.
A automação permite ainda que ele controle a
imagem da televisão em todos os ambientes, tendo tudo o que o morador
quer compartilhado, sem necessariamente possuir equipamentos completos
da sala no quarto ou na cozinha, por exemplo.
Celulares e tablets na mistura
Hattori
conta que o que há de mais moderno na automação não é necessariamente a
engenharia usada para conectar toda a casa, mas sim a forma com que as
opções são acessadas pelo usuário.
Além dos aparelhos de biometria
e os “interruptores” luminosos, capazes de iniciar ou parar uma tarefa
em execução, a automação residencial permite ao usuário utilizar
celulares e tablets para controlar processos, especialmente os produtos
da Apple.
“Hoje, um dos grandes atrativos de ter a automação em
uma residência é se utilizar da plataforma da Apple, gerenciando as
opções com o iPad, iPhone ou iPod”, afirma Hattori. Aliado a isso está o
acesso externo, já que atualmente você pode controlar o sistema
residencial de fora de casa, através do celular, tablet ou notebook.
Existem programas para o controle da casa que podem ser baixados
diretamente da App Store, liberando-se uma licença de uso que roda
diretamente nos equipamentos. No caso da Nobel Home, o aplicativo
utilizado é o Control 4 My Home, que trabalha em conjunto com toda a estrutura de automação disponível instalada na casa.
O cliente tem sempre razão (ou escolha, no caso)
Entretanto,
Hattori afirma que o foco na hora de se automatizar uma residência é,
certamente, saber o que o próprio cliente procura e adaptar-se ao que
ele precisa. Com isso, pode-se criar qualquer alternativa que facilite a
vida da pessoa ou família, ao invés de dificultar o uso dos aparelhos
conectados através da nova interface de programa ou do sistema
automatizado.
Preço
Se você ficou com vontade de
automatizar uma casa, não se assuste pensando que tudo vai sair no mesmo
valor de um carro ou ainda mais do que o preço da nova televisão
moderna da sala. Hattori afirma que “os níveis de automação é que vão
refletir o investimento”.
Isso quer dizer que o preço vai depender
do que é possível instalar na sua casa e o que você procura em termos
de integração. “Normalmente, em uma primeira análise, é possível passar
um valor de acordo com o percentual de uma residência, entre 3 a 8% do
investimento que ele faz naquele local”, isso envolvendo automação de
luzes, cortinas, integração de áudio e vídeo e alguma opção de
segurança.
Entretanto, valores reais variam de acordo com aquilo
que você já possui (como um iPhone ou iPad) e o que você procura (a
biometria, por exemplo, aumenta o valor total do projeto). Apesar de ser
um sinal de status, a automação residencial está cada vez mais
disponível às “pessoas comuns” que tenham algum dinheiro sobrando e
procuram uma casa inteligente e tecnologicamente pronta para morar.
Fonte: Tecmundo.