terça-feira, 12 de novembro de 2013

McLaren P1

O projeto do McLaren P1 foi revelado em setembro de 2012 durante a Paris Motor Show, tendo como slogan “projetado pelo ar”. A referência é direta ao longo tempo investido pela equipe de projetistas da empresa em desenvolver uma carroceria com traços “perfeitos” que permitissem ao vento deslizar pela estrutura do carro com a maior eficiência possível, possibilitando que o modelo alcançasse um novo patamar de desempenho tanto nas estradas como nas pistas.


O resultado físico desse empenho é um automóvel com 1,94 metro de largura, 4,58 metros de comprimento e 1,18 metro de altura — tendo rodas de 19 polegadas na frente e de 20 polegadas no eixo traseiro. Embora conte com motores potentes e de grande porte, o que você vai descobrir mais para frente, a combinação de fibra de carbono em sua estrutura permite que o P1 também seja esbelto, pesando 1.395 kg.

Contudo, o que mais chama atenção neste carro é indiscutivelmente o seu design — e não é só pela beleza. Desde os primórdios do seu planejamento, a anatomia do veículo foi desenvolvida dentro de túneis de vento por profissionais com ampla experiência em carros da Fórmula 1. Todas as suas peças foram pensadas para construir um automóvel de rua com DNA de corrida.

Entradas de ar no capô e na parte inferior frontal da carroceria foram calculadas milimetricamente para, além de reduzir o atrito com o ar, eliminar o calor emitido por alguns componentes do chassi — incluindo suspensão e rodas. O resfriamento do motor fica por conta do teto no formato “snorkel”, que permite a entrada do ar frio na parte traseira do carro, na qual fica a sua motorização.


A asa traseira e os flaps frontais, ambos acionados por botões no painel interior, atuam em conjunto para reduzir a força do vento sobre o veículo e dar maior estabilidade na hora de realizar curvas, por exemplo.

Até mesmo a forma como as portas foram esculpidas ajuda a controlar o fluxo de ar de maneira distribuída tanto para dentro do automóvel como por sua superfície, auxiliando no resfriamento de componentes internos e na estabilização do carro ao atingir velocidades muito altas, o tornando menos “turbulento”. Em suma, dos vidros ao piso, absolutamente tudo no McLaren P1 foi cuidadosamente pensado para promover um melhor desempenho ao carro.

Em se tratando de um carro superesportivo, a McLaren não poderia “pegar leve” na escolha da motorização do P1. Para fazê-lo rodar, a companhia empregou um motor a combustão V8 Twin Turbo de 3.799 cilindradas e 3,8 litros. Tal aparato é responsável por um torque de 720 Nm a 4.000 rpm e 903 cavalos de potência.

Porém, ele não está sozinho nessa tarefa. O McLaren P1 também conta com um motor elétrico que pesa 26 kg e que é capaz de incrementar o torque deste veículo em até 260 Nm — sim, ele pode ser considerado um automóvel híbrido.
Segundo a própria fabricante, esse motor auxiliar tem a capacidade de produzir o dobro de potência do que o sistema KERS presente no carro, e que faz a diferença nas corridas de F1, e é alimentado por uma bateria de íons de lítio de 324 células (a qual pode ser recarregada em duas horas por meio de energia gerada pelo motor a combustão).

Essa combinação de motores exige que o McLaren P1 tenha uma caixa de câmbio de sete velocidades. Dependendo do modo de tração ativado (você vai conhecer quais são eles no próximo tópico), as marchas podem ser trocadas automaticamente ou manualmente.

Na prática, essa união de motorização a combustão e elétrica oferece muita adrenalina para o motorista. O McLaren P1 é consegue ir de 0 a 100 km/h em apenas 2,8 segundos e atingir 300 km/h em 16,5 segundos. Sua velocidade máxima é de 350 km/h. Se um carro é capaz de ir tão rápido por uma pista, ele também precisa de um sistema de frenagem eficiente, caso contrário pode estar suscetível a terríveis acidentes.


E o sucessor do modelo F1 não deixa a desejar nesse sentido, possuindo um mecanismo baseado em discos cerâmicos de carbono que o permite reduzir de 100 km/h para 0 em 2,9 segundos, percorrendo 30,1 metros, e de 300 km/ para 0 em somente 6,2 segundos, levando 245,6 metros para frear completamente.

Como você deve ter percebido, a maioria das características do McLaren P1 o levam a uma categoria de superesportivo. Porém, isso não significa que ele não possa ter um bom desempenho nas ruas.

Para equilibrar a sua performance, o veículo conta com cinco modos de tração distintos: econômico (“E-mode”), normal (“Normal”), esportivo (“Sport”), pista (“Track”) e corrida (“Race”). Basicamente, a diferença entre eles é a forma de comando das marchas, automática ou manual, o limite de velocidade pré-estipulado e o fluxo de injeção de combustível.


Por exemplo, quando acionado o modo econômico, o veículo utiliza apenas o motor elétrico para se locomover, tendo uma autonomia de em média 10 km a uma velocidade de até 160 km/h. Quando a bateria “zerar”, o motor a combustão é automaticamente acionado para manter o automóvel em movimento e recarregar o motor elétrico.

Por sua vez, ao selecionar a configuração voltada para corridas, o automóvel da McLaren é rebaixado em 5 centímetros, graças ao seu sistema de suspensão hidráulico, e todo o seu potencial de propulsão é liberado para o motorista voar baixo com o P1.

Além disso, o McLaren P1 conta com alguns recursos “importados” dos carros da marca que participam da Fórmula 1 e mecanismos adaptados especialmente para ele. Entre essas tecnologias, está o Instant Power Assist System (IPAS), que oferece uma propulsão extra instantânea por meio do motor elétrico.
Fora esse dispositivo, o veículo conta com o Drag Reduction System (DRS), um sistema que regula a asa traseira para proporcionar maior velocidade em retas, e o KERS, tecnologia que permite ao carro utilizar a energia cinética acumulada durante as freadas e transformá-la em uma espécie de “turbo”, aumentando o torque do motor.


Veículos como o McLaren P1, ou seja, extremamente esportivos, têm a sina de serem taxados como desconfortáveis, pois necessitam ter dimensões reduzidas e diversos recursos de segurança, muitos deles sofrem com fortes turbulências ao atingir velocidades muito altas ou possuem botões por todos os lados.

A fabricante britânica buscou amenizar tais características, algumas delas tratadas inclusive durante o seu projeto de design. Assim, o interior deste modelo preza pela simplicidade e sofisticação, como os bancos em concha que proporcionam menos tensão ao motorista, os vidros que promovem uma visão ampla do caminho e um painel com a menor quantidade de elementos e botões possível, evitando a distração e a confusão de quem o está pilotando.

O McLaren P1 conta com aparatos para o controle total de temperatura independente para cada assento, um sistema de som avançado e uma ferramenta de geolocalização (GPS) integrada. Todas as informações do veículo são repassadas por meio de três telas, uma central de 6,8 polegadas e outras duas de 3 polegadas.


Além disso, para o seu maior conforto e para evitar que você perca um segundo sequer, os botões de ativação dos diferentes modos de tração estão posicionados estrategicamente no volante. É válido mencionar também que você pode escolher uma série de adaptações para o interior do McLaren P1 na hora de comprá-lo.

Fonte: Tecmundo

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